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Pitões das Júnias é uma aldeia situada a cerca de 1100 metros de altitude, no norte de Portugal, dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Barroso, Trás-os-Montes. Faz parte do Concelho de Montalegre, Distrito de Vila Real. Fica próximo a Chaves a leste e Braga a oeste. A distância até a cidade do Porto é de aproximadamente 140 km. Do Aeroporto de Pedras Rubras, a distância é de 133 km, percorridos em 2 horas e 10 minutos.



A sua origem confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, entre os séculos IX e XI.


A localização no extremo norte de Portugal, o clima inóspito no Inverno e a consequente imigração contribuíram para que a aldeia conservasse a sua pequena população e o característico aspecto medieval. As construções em pedra e a beleza natural do lugar deram início nos anos 90, ao turismo ecológico na região. Turismo esse que cresce nos meses de Verão com a chegada dos seus descendentes, vindos principalmente do Brasil e da França.

A beleza incontestável de Pitões das Júnias

Sobre Pitões das Júnias

Herdeira natural da velhíssima freguesia de São Vicente do Gerês, nas profundezas do rio Beredo, que recebe águas de vários ribeirinhos na montanha, Pitões é a povoação mais alta de Barroso, na cota dos 1100 metros.

Este facto contribuiu em grande medida para a elevada qualidade do presunto e fumeiro desta localidade.
Sempre foi conhecida por ser terra de gente lutadora e mesmo guerreira: não resistiu à destruição do Castelo, nem do Mosteiro, nem da sua “república ancestral” (conjunto de normas comunitárias e democráticas dos seus habitantes) mas resistiu aos Menezes, condes da Ponte da Barca, a quem um rapaz de casa do Alferes foi raptar uma filha com a qual casou; e resistiu à pilhagem e assaltos sistemáticos que os Castelhanos organizavam durante a guerra da Restauração. Em 1665, “um grande troço de infantaria e cavalaria, sob comando de D. Hieronymo de Quiñones atacou Pitões mas não só não conseguiram queimar o povo como este lutou bravamente pondo em fuga o inimigo e sem perdas”. Alguns dias após (com os pitonenses a ajudar, em represália) o capitão de couraças João Piçarro, com 800 infantes, atacaram Baltar, Niño d’Águia, Godin, Trijedo e Grabelos “donde trouxeram 400 bois, 1500 ovelhas e 20 cavalos”. E resistiu ao florestamento da Mourela, com pinheiros, o que levaria à perda das suas vezeiras. Resistiram sempre e ainda bem resistem!


Nesta aldeia pode visitar a corte do boi do povo, agora reconstruída como pólo do ecomuseu.

Herança histórica: Gente lutadora, Povo guerreiro

Pitões das Júnias é uma aldeia rica em tradições e em produtos típicos de extrema qualidade, que respeitam a natureza e a tradição barrosã.



Os seus produtos de fumeiro atraem muitos turistas e pessoas das regiões vizinhas, para provarem o bom fumeiro da região.

O rigor da alimentação dos animais à base de alimentos naturais, desde a farinha de centeio, as abóboras, as batatas, e muitos outros produtos agricolas, faz com que a qualidade das carnes seja elevada e o frio caraterístico e causador da sazonalidade da produção deste produto seja determinante​ para o melhor fumeiro de Portugal, e muito provavelmente do mundo.



Para além do fumeiro, o mel de urze, os chás de ervas medicinais , as tapeçarias tradicionais de linho, algodão e lã, os deliciosos licores, as compotas, o pão de centeio são alguns dos produtos da bela aldeia.licores

Os produtos tipicos de Pitões das Júnias

Locais de Interesse Turístico

Parque Natural de Peneda do Gerês



Desfiladeiro da Fecha Velha



Mosteiro de Nossa Senhora das Júnias

Cascata de Pitões

Nascido nesta aldeia serrana, Pedro que provavelmente recebeu as primeiras luzes da religião no Mosteiro de Nossa Senhora das Júnias, foi mais tarde nomeado bispo do Porto. Não esqueceu, porém, a sua humilde origem e ficou na História como D. Pedro Pitões, o prelado que convenceu os cruzados a participarem na conquista de Lisboa e os acompanhou na sua luta contra os mouros. Do Porto, D. Pedro acompanhou os cruzados até os arredores de Lisboa, onde se encontraram com o rei português. Ali, depois de algumas tentativas diplomáticas, os cruzados aceitaram prestar ajuda na conquista da cidade.

Dom Pedro Pitões: um bispo e um homem de armas

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